A freqüência de vibração da maioria das substâncias odoríferas pode ser determinada por espectroscopia de infravermelho (IR - InfraRed Spectroscopy). A idéia de que a vibração molecular pudesse estar associada ao seu odor foi sugerida por Dyson desde 1938. Freqüências diferentes no infravermelho podem originar odores diferentes.
a teoria do Nariz como Espectrógrafo, proposta por Luca Turin (1996), originou-se do trabalho de Dyson e sugeriu que os órgãos olfativos poderiam detectar vibrações moleculares. Turin propôs que quando uma proteína olfativa receptora liga-se a uma substância odorífera, pode ocorrer um ajuste eletrônico entre o site receptor e a molécula odorífera se os modos vibracionais forem iguais em energia.
Os neurônios do trato olfativo lateral projetam-se para a amídala, núcleo septal, córtex pré-pireiforme, córtex endorinal, hipocampo e subcólon. Muitas destas estruturas formam o sistema límbico, uma região ancestral do cérebro responsável pela motivação, emoção e certos tipos de memória. O núcleo septal e a amídala contém regiões conhecidas como "centros de prazer". O hipocampo é responsável pela memória motivacional. As projeções são também enviadas ao tálamo e para o córtex frontal de reconhecimento. Existem muitas conexões transmitindo sinais entre cada um destes e outros centros cerebrais.
O córtex pireifome, parte filogenética do "cérebro que cheira" (ou rinencéfalo), é funcionalmente associado com o sistema límbico como um todo (que inclui áreas do cérebro como o hipocampo e o hipotálamo), que é grandemente reconhecido por ser crucial na determinação e regulação de todo o campo emocional humano. A excitação destas áreas, qualquer que sejam os métodos, provoca elevação emocional e uma intensificação de todos os sentidos físicos.
A aromaterapia atualmente não só conhece mas comprova os efeitos que alguns aromas exercem sobre as glândulas cerebrais sensíveis `as vibrações aromáticas. Conheça algumas das áreas cerebrais que podemos estimular pela aromoterapia.
Giro Cingulado
Há ainda muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção frontal coordena odores, e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe desse giro (cingulotomia), interrompendo a comunicação neural do circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes .
Amigdala
pequena estrutura em forma de amêndoa, situada dentro da região antero-inferior do lobo temporal, se interconecta com o hipocampo, os núcleos septais, a área pré-frontal e o núcleo dorso-medial do tálamo. Essas conexões garantem seu importante desempenho na mediação e controle das atividades emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e na agressividade. A amigdala é fundamental para a auto-preservação, por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar. A destruição experimental das amigdalas ( são duas, uma para cada um dos hemisférios cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Hipotálamo
Esta estrutura tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Lesão dos núcleos hipotalámicos interferem com diversas funções vegetativas e com alguns dos chamados comportamentos motivados, como regulação térmica, sexualidade, combatividade, fome e sede. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções.
Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e `a tendência ao riso (gargalhada) incontrolavel. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos núcleos pré-frontais, aumentando, por um mecanismo de "feed-back" negativo, a ansiedade, podendo até chegar a gerar um estado de pânico. O conhecimento desse fenômeno tem, como veremos adiante, importante sentido prático, dos pontos de vista clínico e terapêutico.